Mulher de história sofrida, ainda na adolescência teve a ausência dos pais que se suicidaram e passou por mais de 12 famílias de criação, ainda aos 16 anos se viu uma menor dependente química, morando nas ruas e mãe adolescente tentando colocar seu filho para adoção. Uma vida bem turbulenta para tão pouca idade e a única coisa que tinha em mente era sobreviver num mundo onde ela só enxergava crueldade e descrença e que realmente tornava-se dificil acreditar que as coisas boas existiam.
Mas foi na música que ela ainda jovem encontrou uma forma de libertação quando em sua cidade natal, Detroit, ouvia no rádio os clássicos da Motown, cidade berço deste movimento. E numa noite de inverno numa carona na cidade de Minneapolis, essa menor de idade penetra num clube de blues para assistir o guitarrista Otis Rush e foi realmente naquele momento que ela decidiu que o Blues era seu caminho, lembra ela : “Otis tocou como se sua vida dependesse daquilo, com verdadeira intensidade, e nada mais importava, e eu realmente precisava mais daquilo”. Daí começou a frequentar os clubes de blues e se encantou com o som de todos os artistas que encontrava, incluindo aí Johnny Copeland, Albert Collins e B.B. King, ao mesmo tempo imersa em gravações de James Brown, Aretha Frankilin, Etta James, sua grande influência, e todos os gigantes do rhythm & blues, estilo que está muito presente em sua música. A verdade é que Janiva jamais imaginava que um dia seria uma grande cantora.
Possui 7 discos gravados e sempre esteve acompanhada por excelentes guitarristas, entre eles o italiano Enrico Crivellaro e o atual e espetacular Zach Zunis. Já recebeu dois convites para vir ao Brasil que não se concretizaram por causa de agenda, mas esse dia vai chegar.
Sempre indicada para prêmios anuais promovidos pelo Blues Music Awards, Janiva ganhou em 2009 o B.B. King Entertainer Of The Year, somente uma outra mulher levou esse – Koko Taylor, e Female Artist Of The Year nos anos de 2006 e 2007 e está sempre no foco da mídia Blues. Neste ano de 2011 concorreu com 4 nomeações pelo seu último álbum The Devil is an Angel Too – B.B. King Entertainer Of The Year (a única mulher indicada), Album of the Year, Contemporary Blues Album of the Year e Contemporary Blues Female Artist of the Year, desta vez não ganhou mas deixou sua marca.
Som na caixa !
3 comentários:
Muito legal a postagem sobre a Janiva Magness.
Coincidentemente, estava pensando em escrever exatamente a respeito do mesmo assunto, destacando esta a que me referi e também a Eden Brent.
Depois te passo o link do texto.
Um abraço!
Eden Brent tá na fila ... seu último disco é muito bom
Valeu .. e volte sempre !
abs,
Conforme prometido, escrevi no meu blog sobre Eden Brent e Janiva Magness.
Segue abaixo o link.
Um abração!
http://geografiaetal.blogspot.com/2011/05/ladies-in-blues-eden-brent-e-janiva.html
Postar um comentário