sábado, outubro 22, 2011

ELAS : BETH HART

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Aos 38 anos, a californiana Beth Hart tem a fascinação pela música desde criancinha quando aos 4 anos de idade já tocava piano, concentrada na música clássica de Bach e Beethoven. Adolescente, teve as adversidades em família tirando seu rumo, viu o pai ser preso por motivo de drogas, aos 11 anos começou a usar e abusar não só das drogas mas também de álcool e aos 15 pela má influencia de um namorado caiu na desgraça da heroína. Mas a música é forte e a trouxe de volta ao mundo real fazendo-a correr atras movida pela emoção e começou a cantar de verdade interpretando Etta James, Ottis Redding e Led Zeppelin.
Foi do seu encontro com o baixista Tal Herzberg, israelense que residia em LA, e com o guitarrista Jimmy Khoury que deu-se início a uma série de apresentações até que o produtor David Wolff, o mesmo que promoveu Cindy Lauper ao estrelado pop, a ouviu cantando e tornou-se seu manager, deixando-a meio hesitante, e daí juntou-se a banda o baterista Sergio Gonzales e assinaram o primeiro contrato com a gravadora Atlantic.

Construiu uma ampla discografia desde o primeiro lançamento intitulado Immortal (Atlantic, 1996) apesar de algumas recaídas nas drogas e álcool ao longo desse tempo. Mas sua projeção musical deu-se pela música LA Song (Out of this town) que fez parte do seriado americano Beverly Hills e cujo sucesso ultrapassou os limites da America e chegou na Europa. Seu album Leave the Light On’ (Koch Records, 2004) chegou arrasador e seu lançamento se estendeu a Australia, Holanda, Dinamarca e Alemanha, um álbum especial para ela onde se entrega emocionalmente e expressa a dor do passado, disse ela : “... eu não estava com medo desses sentimentos porque eles foram reais, foi muito difícil mas foi comecar a cantar e partir com tudo e com vontade”.

A força de sua apresentação ao vivo realmente chama a atenção e promoveu seu primeiro DVD de um concerto realizado no Paradiso Theater na Holanda em 2004 (Kock Records) onde a moça se mostra como realmente é - cheia de energia e com uma super banda, o que torna o album um dos favoritos da sua audiência. A moça tem pegada rock, já visitou o repertório de Jagger em Wild Horses e Zeppelin em Whotta Lotta Love.
Sua discografia ainda conta com 37 days (Universal, 2007), Beth Hart & the Ocean of Souls (Razz Records, 2009), My California (Mascot Records, 2010) e seu ultimo e recem lançado Don´t Explain (J&R Adventures, 2011) com o acompanhamento luxuoso do guitarrista número 1 do blues-rock atual : Joe Bonamassa

Em Don´t Explain, Beth se apresenta bem madura e mostra versatilidade sem perder seu um ar primitivo. Faz uso das cordas na faixa título Don´t Explain numa atmosfera bem bluesy, forma também utilizada em Your Heart Is As Black As Night e Ain't No Wayvisita um clássico do repertório de Etta James em I´d Rather Go Blind numa esplendorosa versão; se entrega ao lado soul em Something's Got a Hold on Me; e o registro de Bonamassa muito evidente em Sinner's PrayerFor My Friends.

Som na caixa !

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